George Gardner (1810-1849) esteve no Brasil entre 1836 e 1841, dedicando-se especialmente à exploração de áreas de cerrado e caatinga no interior do país. Embora de interesse eminentemente botânico, o relato de suas viagens — Travels in the interior of Brazil, publicado originalmente em 1846 — contém preciosas informações sobre os costumes das populações com as quais esteve em contato.
Com o olhar crítico típico do cientista britânico do século XIX, Gardner oferece testemunho um tanto objetivo da vida conturbada (com rebeliões e movimentos messiânicos) e miserável dos habitantes do interior.(http://www.etnolinguistica.org/doc:17)
"Viajou pelo Ceará, esteve entre agosto de 1838 e janeiro de 1839, tendo visitado a vila e explicado a origem do topônimo: 'Descortinei o vale onde está situada a Barra do Jardim, nome que lhe advém da verde e luxuriante vegetação do solo em que se assenta'. Prosseguia nas anotações da sua caderneta de campo: 'A vila é pequena, em forma de quadrado, com três faces completas, vendo-se ao centro a única igreja do lugar, também está inacabada'.
Ele remeteu fósseis de Jardim para serem expostos, segundo o Barão de Studart, na Associação Britânica de Glasgow.
(Gilmar de Carvalho. Rangel escultor: o artista que veio
de Jardim. p.13)
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