A COMISSÃO CIENTÍFICA DE EXPLORAÇÃO DO IMPÉRIO 1859-1860

 

A Comissão Científica de Exploração do Império, em acampamento.

Francisco Freire Alemão, chefe da expedição.

                A Comissão foi idealizada pelo Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e patrocinada com grande entusiasmo pelo imperador do Brasil Dom Pedro II. Teve seus trabalhos iniciados no Ceará, pois acreditava-se nas possíveis riquezas minerais desta província, idéia que já vinha circulando na então metrópole portuguesa e desde o Brasil colônia. Em 4 de fevereiro de 1859, os cientistas do império aportaram em Fortaleza, realizando seus trabalhos até 13 de julho de 1861, quando regressam à Corte. Quando da criação da Comissão Científica de Exploração em 1859 e a discussão sobre seu roteiro, um Ceará rico e atraente em fósseis, ouro e outros minerais já havia feito admiradores no meio científico.

                     O primeiro momento se dá quando da chegada dos cientistas ao Ceará e o segundo quando do retorno de Freire Alemão, chefe da Comissão Científica, que se ausentou da província por um certo período em viagem à Corte (em meados de 1860).    O roteiro realizado por Freire Alemão, percurso este seguido em parte pelos outros cientistas. 01-Fortaleza; 02- Messejana; 03- Aquiraz; 04- Cascavel; 05- Aracati; 06- Russas; 07- Limoeiro; 08- Tabuleiro; 09- Jaguaribe; 10- Icó; 11- Lavras; 12- Missão Velha; 13- Crato; 14- Exú; 15- Jardim; Em retorno: 16- Barbalha; 17-Crato;  18- Missão Velha; 19- Lavras; 20- Icó; 21- Cruz; 22- Morada Nova; 23- Umari; 24- Pacatuba; 25- Fortaleza.

                Jardim foi o 15º local visitado, e os fósseis foram o objeto de pesquisa da Comissão Científica de Exploração do Império.

                "Jardim (...) recebeu a visita, entre janeiro e fevereiro de 1860, da Comissão Científica de Exploração. De acordo com o relato do botânico Freire Alemão: 'Jardim não passava de vilarejo humilde, de casario baixo, aconchegado entre si, mal construído, com taipa predominando na maioria das casas'."

Trabalhos em aquarela feitos pelo artista da comissão, para registrar a flora e a fauna do Ceará.

FONTE: RANGEL ESCULTOR. Gilmar de Carvalho, p.13)